Após o comunicado da Petrobras (PETR4) no dia (14) de maio de 2024, o Ministério de Minas e Energia (MME) tomou conhecimento do pedido de Jean Paul Prates para encerrar seu mandato como Presidente da Petrobras. Foi indicada Magda Maria de Regina Chambriard. Ela assumirá os cargos de Presidente da companhia e do Conselho de Administração da Petrobras.
Em comunicado emitido no dia (15) de maio, foi oficialmente aprovado o encerramento do mandato do Jean Paul como Presidente da Companhia. Assim, ele também renunciou ao cargo de membro do Conselho de Administração da Petrobras.
Presidência interna da Petrobras (PETR4)
Com a vacância na Presidência, o Presidente do Conselho de Administração nomeou a Diretora Executiva de Assuntos Corporativos, Clarice Coppetti. Ela será Presidente interina da companhia até a eleição e posse da nova Presidente, Magda Chambriard.
Todo esse processo de análise e transição costuma levar até 15 dias. No entanto, pode ocorrer em prazo menor. Como já havia acontecido com o ex-presidente da estatal Jean Paul Prates.
Quem é Magda Chambriard?
Magda Chambriard começou sua carreira na Petrobras em 1980. Foi estagiária de engenharia e atuou na área de produção da empresa por mais de duas décadas. Sua vasta experiência lhe proporcionou conhecimento abrangente sobre a produção de petróleo no Brasil. Aos 66 anos, Chambriard foi escolhida pelo presidente Lula para comandar a estatal. Ela detém um mestrado em Engenharia Química obtido na COPPE/UFRJ em 1989 e é graduada em Engenharia Civil pela UFRJ desde 1979. Além disso, Chambriard especializou-se em engenharia de reservatórios e avaliação de formações, bem como em produção de petróleo e gás na Universidade Petrobras.
Reação do mercado Petrobras (PETR4)
A mudança na liderança da Petrobras provocou uma reação imediata no mercado. As cotas da empresa registraram uma queda significativa a partir do dia (14) de maio de 2024. Refletindo a incerteza dos investidores quanto à transição de liderança. A renúncia de Jean Paul Prates, que possuía uma forte conexão com as políticas atuais da Petrobras, gerou preocupações sobre possíveis mudanças na direção estratégica da empresa sob a nova liderança de Magda Chambriard.
Os analistas do mercado financeiro destacam que a volatilidade nas ações da Petrobras é comum em momentos de transição de liderança. Principalmente, em empresas de grande porte e relevância estratégica como a Petrobras. Essa queda nas cotas também reflete uma cautela dos investidores em relação às novas políticas e estratégias que podem ser implementadas pela nova presidente.
Também apontam que o investidor deve ter calma e paciência em um momento como esse. Já que a queda das ações pode abrir oportunidades. Os analistas lembram, por exemplo, de quando a Petrobras rejeitou pagar dividendos extraordinários, em março último. No dia (8) daquele mês, as ações preferências da Petrobras recuaram 10,57% e encerraram o pregão daquele dia a R$ 36,12. Na sessão desta terça-feira (14), os papéis da estatal fecharam o dia a R$ 40,87. Ou seja, as ações subiram 13,15% em dois meses.
Dividendos e ingerência política
Em relação à política de dividendos da Petrobras, Magda demonstra uma postura mais restritiva do que a de seu antecessor. Dias antes da posse de Lula, disse em entrevista à Reuters que “uma empresa de capital aberto deve pagar dividendos, mas isso não pode chegar a um ponto que comprometa sua sobrevivência no futuro”. Além disso, ela é contrária à intervenção da Petrobras para subsidiar os preços dos combustíveis, como ocorreu no governo Dilma Rousseff.
A renúncia de Jean Paul Prates e a indicação da nova presidente marcam uma nova fase na liderança da Petrobras. Com a experiência e formação sólida de Chambriard, espera-se que a empresa continue sua trajetória de crescimento e inovação. Enfrentando assim, os desafios do setor de energia com competência e visão estratégica. No entanto, a reação inicial do mercado destaca a necessidade de Magda Chambriard estabelecer rapidamente a confiança dos investidores. Se comunicando de forma clara sobre suas diretrizes para o futuro da Petrobras.